*Por Correio 24 horas
A barragem da Mina de Córrego do Feijão, da Vale, rompeu no dia 25 de janeiro de 2019. Passados quatro anos, ninguém foi punido ou oficialmente responsabilizado pela tragédia. No total, 270 mortes foram confirmadas e três pessoas permanecem desaparecidas. O rompimento da barragem despejou milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração na bacia do Rio Paraopeba.
As investigações no período apontaram que a realização de perfurações verticais foi o gatilho para a liquefação que provocou o rompimento da estrutura, que já estava frágil, no dia 25 de janeiro de 2019. Documentos apresentados pela mineradora após a tragédia demonstram que a barragem continuou em plena atividade mesmo com o fator de segurança abaixo do recomendado por padrões internacionais.
Desde o rompimento, a água bruta do Paraopeba permanece sem recomendação de uso. A pesca também segue proibida em toda a bacia, afetando ainda mais a população ribeirinha.
Um dos impasses para a punição dos responsáveis está na definição de competência para julgamento do caso. Justiça Estadual e Federal aguardam decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). O Ministério Público de Minas Gerais defende que a causa permaneça no âmbito estadual. A impunidade é, atualmente, o principal temor de quem perdeu entes queridos na tragédia.