Um morador de Jequié foi vítima de um golpe e perdeu R$ 10 mil ao tentar comprar um automóvel ano 2007, que estava sendo vendido na internet por um morador de Ipiaú. O estelionato foi praticado por um homem que se identificava como Douglas. Ele viu o anúncio da venda no facebook, entrou em contato com o proprietário do veículo e demostrou interesse na compra pelo valor de R$ 23 mil.
Paralelo às negociações com o dono do carro, o golpista usou as fotos do mesmo veículo em uma rede social e anunciava a venda pelo valor de R$ 14 mil. Um morador de Jequié, trabalhador rural, atraído pela oferta manifestou interesse e manteve contato com o anunciante que afirmava ser o dono do automóvel.
Ao jequieense o criminoso afirmava que estava viajando e que o carro estava com seu primo em Ipiaú. Já para o verdadeiro dono do automóvel, o golpista dizia que um primo seu, no caso o morador de Jequié, viria à Ipiaú para analisar o carro e que após isso iria transferir o valor da compra.
Após verificar o carro em Ipiaú, o morador de Jequié, acreditando que o verdadeiro dono do veículo era o homem com quem ele falava pelo telefone fez uma transferência de 10 mil reais. Durante a checagem do carro, o criminoso chegou a ligar para o comprador afirmando que após transação bancária o automóvel seria passado para o nome dele. O verdadeiro proprietário do carro chegou a ir ao cartório com os documentos do comprador, mas como o dinheiro não apareceu em sua conta, o golpe então foi percebido. Depois disso, o golpista bloqueou os contatos dos dois envolvidos.
O caso foi registrado na delegacia de Ipiaú na quarta-feira (15). A Polícia Civil descobriu que a titular da conta que recebeu a transferência é natural do Rio de Janeiro. A Polícia sempre alerta para o comprador sempre estranhar o valor de bens muito abaixo do mercado, o que indica um possível golpe.
Veja como funciona o golpe
Esse golpe é bem comum no mercado e pode enganar tanto vendedores quanto compradores de veículos. Geralmente, o criminoso escolhe um anúncio real, entra em contato com o vendedor e pede fotos e vídeos do automóvel. Em seguida, o criminoso pede que o vendedor retire o anúncio do ar, afirmando que irá comprar o veículo.
Com as informações do veículo e as imagens em mãos, o golpista cria um anúncio falso, atraindo um comprador. Para enganar as duas partes, o criminoso diz a ambos que está atuando como um intermediário e marca um encontro entre eles.
Para o vendedor, o golpista diz que irá enviar outra pessoa para avaliar o veículo. E para o comprador, ele diz que enviará alguém (funcionário, amigo ou parente), e orienta a ver o veículo e realizar o pagamento. É comum que o fraudador peça que eles não discutam detalhes da negociação entre si.
No fim, convencido de que quer comprar o carro, o comprador realiza a transferência para o golpista. Em alguns casos o vendedor também pode ser enganado com um comprovante falso e acaba entregando o veículo ao comprador. Mas o mais comum, é que o vendedor perceba o golpe ao não receber o depósito.
Assim, o comprador é quem acaba perdendo o dinheiro e tem grandes dores de cabeça para tentar reaver o valor. Nesse caso, é preciso reunir todas as provas, desde comunicações até comprovantes, para registrar o boletim de ocorrência.