Cinco trabalhadores foram resgatados em situação similar à escravidão nesta quinta-feira (2), em um galpão de carvoaria, no bairro de Cassange, em Salvador. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), os empregados chegaram a trabalhar mais de 12 horas por dia para produzir até mil ensacamentos, a uma remuneração de dezesseis centavos por saco de carvão.
O gerente do local foi encaminhado para a Polícia Federal, em Salvador, onde foi ouvido e liberado, conforme informações da advogada de defesa. De acordo com o MTE, os cinco funcionários estavam sem registro de contrato de trabalho, nunca tiraram férias e nunca receberam décimo terceiro salário ou qualquer adicional de insalubridade.
Além disso, o local de trabalho não tinha água potável. Segundo o auditor fiscal do trabalho do MTE, Mário Diniz, a água oferecida aos homens tinha fuligem de carvão.
“A água oferecida no espaço tinha resíduo de fuligem de carvão, assim como todo o ambiente de trabalho. Há um receio que esses trabalhadores tenham contraído alguma doença devido a essa inalação descontrolada da fuligem de carvão”, disse.
Os funcionários também faziam as refeições no mesmo galpão de ensacamento do carvão e o banheiro não tinha porta, pia, assento, nem coletor de lixo. Todos eles trabalhavam sem os itens de segurança, apenas de bermudas e chinelos. Leia mais no G1