Em postagem encaminhada ao GIRO, alunos do turno vespertino do Colégio Municipal Celestina Bittencourt denunciam um série de deficiências na estrutura física do estabelecimento, além da falta de livros didáticos e a qualidade da merenda escolar, sendo que houve falta do alimento recentemente. Também reclamam que não podem utilizar o celular em sala de aula e que isso diminui a possibilidade de um bom desempenho nos trabalhos de pesquisa, já que não contam com livros apropriados.
Mantendo a imparcialidade que sempre adotou, o GIRO procurou saber da Secretaria de Educação seu parecer em relação à denúncia dos estudantes. O órgão público enviou nota de esclarecimento, detalhando cada ponto do que foi exposto. A Secretaria admite que a quantidade de livros existentes não atende à demanda atual, mas assegura que todas as salas são devidamente refrigeradas e que a falta da merenda não procede. Veja os dois lados da notícia.
As reivindicações
Uma aluna que preferiu omitir seu nome, temendo represálias fez a denuncia juntamente com outros colegas, com o seguinte teor: “Eu e outros colegas queremos informar que o colégio está uma bagunça, estamos sem livros para fazer as atividades, estamos em salas de aulas que devem ter janelas consertadas porque precisamos abri-las quando está calor e fecha-las quando precisamos assistir alguma programação relacionada as atividades. Precisamos de carteiras novas e ventiladores.
A prefeita teve no colégio ano passado para anunciar a chegada das novas fardas e o material que a Prefeitura Municipal de Ipiaú iria dá aos alunos, e prometeu aos alunos que iria resolver nossos problemas e que além do mais já estava providenciando novas carteiras. E até hoje nada! Estamos recebendo merenda muito ruim, hoje, dia 18, faltou a merenda para os alunos. A merenda vem com pouco sal ou quando é mingau, arroz doce, munguzá parece que colocam muito sal!
Precisamos levar os celulares para o colégio para fazermos pesquisas e trabalhos!!! Levar o celular para escola não quer dizer que vamos mexer nele o tempo todo, mas, sim para fazermos nossas atividades, porque não temos livros suficientes. Isso atrapalha no aprendizado porque devemos compartilhar a resposta e quando o horário não dá pra terminar de escrever aquela atividade do livro temos que deixar pra próxima aula, o que quer dizer que vamos perder duas a três aulas no mesmo assunto. Isso fica ruim até mesmo prós professores!!
O que diz a Secretaria de Educação
Procurada por nossa reportagem, a Secretaria Municipal de Educação nos respondeu com uma nota. Confira na integra:
“Diante das denúncias referentes ao Colégio Municipal Celestina Bittencourt, comunicamos para os devidos fins que é ano de realizar escolhas e fazer pedidos de livros oriundos do Plano Nacional do Livro Didático – PNLD, e a quantidade de livros existentes, que foram encaminhados pelo Ministério da Educação – MEC, há três anos, não atende à demanda atual. Tal questão será resolvida após a chegada dos livros solicitados para o ano letivo de 2024.
Destacamos que os livros devem permanecer na escola e atender os alunos durante 3 anos. O mobiliário foi renovado respeitando a real necessidade da escola no início do ano letivo. Mas a Secretaria de Educação solicitou um levantamento da quantidade que será necessária para atender a demanda atual.
A falta de merenda é uma mentira, houve um caso isolado no dia 18/04, em que a merenda servida não foi suficiente para os alunos, pois vários repetiram o prato antes de que todos fossem servidos, sendo necessário fazer uma quantidade a mais para atender a totalidade. Ressalto que o colégio conta com uma nutricionista em tempo integral para atender a nossa demanda.
Todas as salas possuem ar-condicionado e algumas ainda contam com ventilador e ar. O fardamento é suprido à medida que somos solicitados pelos alunos. As janelas das salas de aula devem ficar fechadas por conta do ar condicionado. Quando e se for necessário o uso de aparelho celular, os educandos são avisados com antecedência em atendimento a Lei municipal N° 2476 de 17/11/2021 publicada no diário oficial do município”. (Redação/Giro Ipiaú)