Na madrugada do dia 19 de junho deste ano, uma ação integrada das polícias Federal, Militar e Civil resultou na apreensão do maior número de fuzis da história da Bahia, quando 13 destas armas foram retiradas de circulação.
Ações como essa devem se tonar mais corriqueiras no estado. A Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) vai aderir ao programa de Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), que tem como objetivo o trabalho conjunto entre forças de segurança locais e nacional.
“A ideia é que as forças da Polícia Federal sentem no mesmo ambiente das polícias do estado da Bahia e ali vamos eleger quais são os principais alvos, as principais organizações para que a gente possa fazer um trabalho com o melhor resultado para a população baiana”, comentou o subsecretário da SSP, Marcel Ahringsmann, para o Bahia Notícias.
Ahringsmann indica que a adesão formal da Bahia ao projeto não vai demorar de acontecer e que era algo já desejado pela atual cúpula da segurança pública do estado. “Quando chegamos na nossa gestão em janeiro já sinalizamos o interesse em criar essa força tarefa e só aguardamos o Ministério da Justiça se organizar e formatar o projeto. A ideia é de que seja o mesmo tipo de acordo de cooperação técnica com todos os estados do Brasil, em uma modelagem única. A Bahia está pronta só aguardando a assinatura do termo nos próximos dias”, afirmou.
REDUÇÃO DA VIOLÊNCIA
De acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgados na quinta-feira (20), a Bahia foi o estado mais violento do Brasil em 2022. No ano passado a unidade da federação registrou 6.659 mortes violentas intencionais.
O estudo ainda mostra que das 50 cidades mais violentas do país, 12 estão na Bahia: o estado que mais aparece na lista. Todas elas têm mais de 100 mil habitantes. O município com maior taxa de mortes violentas é Jequié, que tem taxa de mortes violentas de 88,8 a cada 100 mil habitantes.
Embora os dados sejam alarmantes, a Bahia registrou uma diminuição de 9% no número de pessoas mortas de forma violenta em comparação a 2021, quando foram contabilizados 7.069 assassinatos no estado.
Segundo o subsecretário, a cooperação entre as polícias visa acentuar ainda mais a queda destes e de outros tipos de crimes. “Mesmo atingindo resultados expressivos, o combate a diminuição dos crimes letais intencionais vai ser uma máxima e continuaremos focando nos grupos organizados que em suas atividades delitivas trazem um resultado negativo para o estado, assim como também possivelmente trataremos sobre roubo a veículos e roubos a coletivos. O que estiver fazendo mal à sociedade baiana certamente será objeto dessa equipe investigativa diferenciada”, pontuou. (Bahia Notícias)