No dia 22 de março de 2022, a vida de Gabriel Alves de Oliveira, um jovem de 19 anos, morador do bairro Popular, mudou completamente quando ele percebeu um nódulo em seu pescoço. Desde então, ele tem enfrentado uma batalha árdua para conseguir um diagnóstico dentro do Sistema Único de Saúde (SUS).
Após a descoberta do nódulo, Gabriel imediatamente buscou atendimento médico no posto de saúde mais próximo de sua residência, e o médico solicitou encaminhamento para um especialista. De acordo com Gabriel, o caso foi logo comunicado na secretaria de Saúde do Município para que providenciasse os próximos passos. No entanto, ele viu-se preso em uma espera angustiante, enquanto o nódulo crescia e sua preocupação aumentava.
Após 120 dias sem agendamento, o jovem e a família decidiram fazer uma vaquinha solidária para realizar uma tomografia, solicitada por uma médica ano Hospital Geral Prado Valadares, em Jequié. O exame foi conseguido de forma gratuita através do vereador Edson, a quem ele estima agradecimentos.
Com o resultado da tomografia, Gabriel procurou a secretaria de saúde para agendamento de avaliação de um especialista de cabeça e pescoço. No dia 14 de dezembro ele foi à Salvador para atendimento no hospital indicado, o Aristildes Maltez. Lá foi informado que o caso dele não era para essa unidade, visto que não havia diagnóstico de câncer. Em junho deste ano, Gabriel retorna à capital baiana para consulta agendada no Hospital Ana Nery, e mais uma vez não deu certo o atendimento. O paciente teria sido informado por um colaborador do hospital que ó especialista não atenderia naquele dia. Um desencontro de informações entre os servidores da saúde do município e da referida unidade hospitalar teria sido o obstáculo da vez.
“Até hoje, 14 de agosto de 2023, eu e minha mãe não sabe o que fazer, a quem procurar, como marcar outro atendimento apesar que uma cirurgia dessa deve ser extremamente cara, e quando vamos a secretaria é informada que eles entrarão em contato para remarcar a consulta. Todo dia a mesma conversa e nada é nada, sigo correndo risco de vida após praticamente um ano que foi feita a tomografia não sabemos mais o que pode ser, todos estão sendo avisado pelo acontecido e nada está sendo feito. Será que eu vou ter que recorrer ao Ministério Público?”, comentou Gabriel, por meio de mensagem enviada à nossa redação.
Secretária de Saúde comenta
O GIRO procurou a secretária de Saúde do Município de Ipiaú, Laryssa Dias, para comentar sobre o caso de Gabriel. Ela informou que se reuniu com o paciente e a mãe dele na última sexta-feira (11), e que tem se empenhado para agendar uma nova consulta com um especialista em Salvador. Laryssa informou que a mãe do jovem está com o seu contato pessoal e que seguirão se comunicando até que Gabriel seja atendido em uma unidade médica especializada. A principal dificuldade, segundo a secretária, é a alta demanda por esses serviços, o que resulta em longas filas de espera. *Matéria produzida pelo Giro Ipiaú