Onze trabalhadores foram resgatados na Bahia em condições análogas à escravidão durante a Operação Resgate 3, feita em conjunto por vários órgãos. As vítimas foram encontradas em três locais diferentes e esperam agora o fim das negociações com empregadores para receber os valores de rescisão e da indenização por danos morais. O Ministério Público do Trabalho (MPT) diz que detalhes que possam identificar as situações estão sendo preservados para não atrapalhar a negociação.
Uma mulher que trabalhava como doméstica foi resgatada em Vitória da Conquista, no sudoeste baiano, onde as equipes visitaram ainda outras três residências. Um quarto caso suspeito de trabalho escravo doméstico foi investigado na região metropolitana de Salvador, mas a condição de degradação humana não foi confirmada.
Em Cândido Sales, também no sudoeste baiano, cinco pessoas foram resgatadas pelas equipes da força-tarefa, três delas na produção de carvão ilegal e duas no plantio de mandioca. A carvoaria onde eles estavam trabalhando não tinha licenças ambientais e mantinha toda a atividade de maneira informal, com alojamentos e condições de saúde e segurança precários. Lá, além dos três carvoeiros, dois agricultores também foram resgatados. O responsável pelo empreendimento foi identificado e terá de responder judicialmente pelas ilegalidades trabalhistas.
Um outro caso foi registrado na cidade de Barra, no oeste baiano, envolvendo cinco trabalhadores. Uma empresa de segurança privada contratada pelos proprietários de uma fazenda no município foi flagrada mantendo cinco vigilantes em condições subumanas, alojados em barracões de lona, sem água potável nem proteção contra o tempo. O MPT está conduzindo negociação com a empresa de vigilância e com a fazenda contratante para garantir o pagamento dos resgatados.