Ibirataia costuma revelar prodígios. Artistas, escritores, intelectuais, desportistas e outras celebridades dali surgiram e se projetaram mundo afora para honra e glória dos seus conterrâneos. Agora é vez de um novo “gênio.”
O menino Anthony Gonçalves Nascimento, quatro anos de idade, residente nesta cidade, filho do administrador Marcos Paulo Santos e da pedagoga Catarine Gonçalves, tornou-se o mais novo membro da Associação Mensa Brasil, sociedade de alto QI que reúne indivíduos com habilidades cognitivas excepcionais e representa oficialmente a Mensa Internacional com sede no Reino Unido, conhecida por ser a principal organização de alto quociente de inteligência (QI) no mundo.
Estudante do grupo 4 de uma escola particular, Anthony tem QI de 150, o que é considerado alto para o país. Em escalas de classificação internacional, acima de 140 é considerado inteligência muito superior, ou seja, com níveis de superdotação bem mais profundos.
Para o Brasil, onde a média de QI está entre 80 e 90, ter 150 é raro e indica um prognóstico para uma grande realização futura. A superdotação não o impede de se relacionar bem com os colegas e brincar como toda criança da sua idade.
Anthony tem apresentado desenvolvimento intelectual além da sua idade. Ele demonstra facilidade de compreensão na área de linguística e matemática. Lê e escreve, com desenvoltura, realiza contas, demonstra facilidade em inglês, conhece o alfabeto em cinco idiomas: português, inglês, Russo, Cazaquistão e Vietnã, escreve-os, e ainda faz comentários como: “Mãe, sabia que no alfabeto Vietnã não tem as letras F, J, W, Z?”.
Como a superdotação é uma condição neuro atípica genética, há crianças que dão sinais de altas habilidades e os pais não sabem identificar, mas no caso de Anthony foi diferente. Sua mãe, Catarine Gonçalves, que tem graduação em Pedagogia, Esp. em Psicopedagogia, Psicomotricidade e Neuropsicopedagogia, começou a perceber os sinais desde cedo, pois aos dois anos ele já falava e escrevia as letras do alfabeto e os numerais. Com três anos e meio já sabia ler e até falar e escrever o alfabeto russo.
Anthony não é um caso isolado na sua família. A irmã Elise Gonçalves, 10 anos, também apresenta características de superdotada. Uma neuropsicóloga submeteu a garota a um teste online o qual indicou que o seu QI está acima da média. Outro parente, o primo Sol, 7 anos, também apresenta essa tendência.
No Brasil, pouco mais de 175 crianças estão registradas como detentoras de um QI muito elevado. Atuando em cerca de 100 países, a Mensa é uma associação sem fins lucrativos que começou há 76 anos na Inglaterra e tem mais de 20 anos no Brasil. Busca identificar pessoas com alto QI, promover a intelectualidade e incentivar a interação entre seus membros e contribuir em pesquisas científicas sobre QI. (GIRO/José Américo Castro).