Giro Ipiaú

Valnei Pestana participou de audiência, no Governo Federal, em defesa da cacauicultura

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O Secretário de Desenvolvimento Econômico de Ipiaú, Valnei Pestana, integrou uma comitiva baiana que na última quarta-feira, 14 de dezembro, foi recebida em audiência pelos ministros da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira.

Durante o encontro, em Brasília, foi discutida a execução de ações de monitoramento e prevenção contra a Monilíase, doença que representa enorme risco à cadeia produtiva do cacau. Na oportunidade os ministros receberam uma carta contendo medidas, apontadas por técnicos de diferentes órgãos e estados, como vitais para conter a propagação da praga e preservar as lavouras brasileiras.

O documento foi redigido em outubro deste ano, durante encontro que reuniu representantes da Bahia, Pará, Rondônia e Espírito Santos para discutir o tema, em Salvador.

Ao fim da audiência, ficou acertado o empenho do Governo Federal nas ações de controle da praga. O Ministro da Agricultura se comprometeu a encaminhar para execução as medidas apresentadas com o objetivo de isolar a praga no estado do Amazonas, onde estão concentrados os focos no Brasil.

A COMITIVA

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A comitiva baiana foi liderada pelo titular da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia, Wallison Tum, e contou ainda com as participações do diretor-geral da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia, Paulo Sérgio Luz, do deputado federal Paulo Magalhães, do presidente da Federação da Agricultura do Estado da Bahia (Faeb), Thiago Guedes e do produtor de cacau Fausto Pinheiro, dentre outras personalidade ligadas ao setor.

Valnei Pestana que também é médico, cacauicultor, chocolateiro e Presidente do Sindicato Rural de Ipiaú e da Câmara Setorial do Cacau, explica que a Monilíase do Cacaueiro, causada pela praga quarentenária Moniliophthora roreri, provoca a podridão dos frutos e pode acarretar danos entre 70% e 100% da produção em propriedades onde a doença se estabeleceu.

Ele salienta que a Bahia, juntamente com os estados do Pará, Espírito Santo e Rondônia, concentra 97% da produção nacional de amêndoas de cacau, gerando uma receita de aproximadamente 23 bilhões de reais por ano.

A chegada da monilíase nos países produtores de cacau da América do Sul vem causando graves impactos econômicos. No entanto, ainda não há registros da doença em grandes áreas produtoras do Brasil.

O secretário Valnei Pestana avalia que essa reunião em Brasília foi de grande importância para a cacauicultura brasileira e reitera a necessidade dos produtores continuarem em estado de alerta para que a cadeia produtiva do cacau não sofra impactos negativos, conforme ocorreu com a vassoura de bruxa, e continue gerando emprego, renda e beneficiando o meio ambiente. (Giro / José Américo Castro)