Giro Ipiaú

Na Mira da Notícia – por José Américo Castro

PRÊMIO INTERNACIONAL

Aos 27 anos, a engenheira ambiental Alanna Vieira Silva, natural de Ipiaú, desfruta de uma premiação internacional. A Recicli, empresa que ela coordena juntamente com Matheus de Carvalho , foi a única startup brasileira premiada na edição anual do Stellantis Venture Awards. A premiação teve como objetivo de celebrar a inovação e as parcerias de sucesso firmadas ao longo de 2023. Fundada por Flávio Pietrobon, Paulo Pietrobon e Sérgio Xaud, Alanna e Matheus coordenam equipes de desenvolvimento tecnológico e são sócios.

A Recicli é especializada no desenvolvimento de tecnologias patenteadas para o alcance da sustentabilidade ambiental. Fundada em 2017, a startup está incubada no Parque Tecnológico SergipeTec e atua em processos de reciclagem e reaproveitamento, gerando insumos para as indústrias do país. Juntas, a multinacional automotiva e a Recicli trabalharam para recuperar materiais raros das baterias elétricas, a partir de um processo inovador de biometalurgia usando microrganismos. O projeto foi desenvolvido durante o primeiro semestre do ano passado.

Filha do casal Iana Vieira e Guber Silva. Alanna é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pela Universidade Federal de Sergipe, além de Mestre em Modelagem e Otimização de Biossistemas pela UNEB. Também é especialista em Sustentabilidade Empresarial, com foco em ESG nas Operações pela PuC do Paraná. Além da RECICLI, Alanna é co-fundadora e COO da startup DeCARB, que desenvolve uma tecnologia para captura direta de carbono das indústrias, contribuindo para frear os impactos do aquecimento global. A DeCARB saiu na lista das 100 startups mais promissora do ecossistema de inovação brasileiro, pela Revista Pequenas Empresas e Grandes Negócios.

ENEM: 980 EM REDAÇÃO

Ian Soares da Silva, um talentoso estudante de 21 anos, natural de Ipiaú, alcançou um feito notável ao atingir a impressionante pontuação de 980 na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2023. Ian, que é ex-aluno de um colégio da cidade natal, já havia sido aprovado no vestibular de Medicina na Faculdade Bahiana de Medicina.

Determinado a buscar novos desafios, Ian agora direciona seu foco para conquistar uma vaga em uma universidade federal. Sua trajetória acadêmica exemplar e sua dedicação aos estudos o tornam um candidato promissor para futuros desafios acadêmicos.

Filho de Rosenildo Barreto e da professora Ivaneuza, que leciona no Colégio Celestina Bittencourt, Ian cresceu em um ambiente familiar que valoriza a educação e a busca pelo conhecimento. Ele compartilha que encontrou inspiração em seu avô, Carmerindo, um sapateiro que dedicou mais de 50 anos de sua vida ao ofício em Ipiaú, especificamente na Avenida Lauro de Freitas.

AÇÃO SOLIDÁRIA DE IBIRATAIA PARA BARRA DO ROCHA
Presidida por Magda Moreira, a nova direção da Fundação Hospitalar de Ibirataia tem se mostrado atuante, tanto no atendimento das demandas da população, quanto na realização de projetos. As ações chegam a extrapolar os limites do município. A equipe firmou o compromisso de ativar 100% da capacidade operacional do hospital e, conforme os subsídios e apoios dos municípios e estado, atender toda demanda regional em especialidades cirúrgicas eletivas de pequena e média complexidade.

O Projeto Ação Solidária: Saúde, Esperança e Vida, idealizado pela direção da FHI, realizou uma importante ação de saúde no município de Barra do Rocha. Nesta localidade a equipe foi recebida com entusiasmo pelo prefeito e médico José Luiz e pelo vereador e enfermeiro Pedro Neres. Disponibilizando toda infraestrutura e profissionais necessários para que os serviços fossem ofertados com precisão, o gestor barrochense contribuiu decisivamente para o sucesso das ações.

DIRETORES

Fazem parte da equipe diretora da Fundação Hospitalar de Ibirataia os seguintes profissionais nas suas respectivas funções: Magda Moreira – Presidente; Dr. Fabio Silva – Diretor Médico; Thiago Ângelo – Diretor de Enfermagem.

LITERATURA

No final da tarde da próxima quinta-feira, 25 de janeiro, o Centro Educacional Professor Antônio Brito, em Dário Meira, recebe o lançamento do livro “O Mundo de Miguel”, uma obra da autoria do acadêmico Alan dos Santos de Jesus, que tem como foco principal a denúncia ao racismo, mas também aborda pontos importantes de Dário Meira e a luta contra a LGBTfobia. Alan dos Santos de Jesus, 23 anos, nasceu na zona rural do Buri, e é aluno do curso de Letras da UNEB, campus de Ipiaú. Recentemente ele foi aprovado para participar de um intercambio cultural na Europa.

NOVOS VOCALISTAS

A banda de forró “Pé de Badoque” ganhou dois novos vocalistas para a temporada de 2024. Bryan Deluka, de Barra do Rocha, e Nana, de Ipiaú, prometem muito sucesso na vanguarda da banda, pois são artisticamente versáteis e com notáveis presenças de palco.

A EFICÁCIA DO CORPO DE BOMBEIROS

Num tempo em que prolifera a leniência e indolência é preciso registrar a presteza do Corpo de Bombeiros, através do Grupamento de Bombeiros Militar em Jequié e seu subgrupamento em Ipiaú. As duas unidades agem em sincronia na ação emergencial na área de abrangência de sua jurisdição. Nos primeiros dias deste mês de janeiro de 2024, irromperam diversos incêndios na zona rural de Ipiaú e municípios vizinhos, ameaçando roças de cacau, pastagens e reservas florestais. A pronta ação dos bombeiros foi de fundamental importância para conter as chamas e minimizar estragos, evitando graves danos ao patrimônio. Intervenções dos bravos “soldados do fogo” também tem sido verificadas em outras situações decorrentes de outros incidentes.

DEVAL 8.0
O antigo comerciante de animais, domador, cabeleireiro, que mesmo aleijado atuava na zaga como líbero nos babas da fazenda São Jorge, Edvaldo Queiroz, o popular “Deval”, inteirou no último dia 4 de janeiro, 80 anos de vida. Na ocasião ele recebeu a visita do seu amigo de infância, o jornalista e escritor Wilson Midlej que lhe deu um abraço fraterno e recordou bons momentos da história do aniversariante. Wilson lembra que o tabuleiro de dominó de Deval é muito frequentado por amigos de várias gerações, que minimizam com as suas presenças o estrago causado pelo AVC nessa folclórica figura. Vacilou no jogo, Deval ganha de Lasquinê.

REFORÇO APROVADO NO ENEM

Além de continuar pontuando alto na prova de redação do Enem, nesta edição foram 940, a jovem Giovana Letícia, 18 anos, filha de Jorlando Norberto e Daiane Santana, tem auxiliado outros estudantes a se darem bem no exame. No período de cinco dias antes da prova de redação, ela repassou seus conhecimentos para outros cinco jovens e estes lograram êxito com pontuações entre 800 e 920 pontos. A maioria deles era da escola pública. Giovana que estava cursando Engenharia Elétrica e agora cursará Letras, se coloca à disposição para continuar auxiliando e por isso informa: “Caso alguém tenha dificuldades e queira auxílio para a redação do Enem e outras informações, meu Instagram é @giovannaletiicia e haverá outras divulgações no @itsdreamsbrazil.

SEGUNDO LIVRO DE PROTÓGENES

Depois de ter lançado em vida a sua primeira obra literária, “Minhas Folhas Verdes”, nos idos dos anos 80, o cronista Protógenes Jaqueira, falecido em março do ano 2.000, será homenageado postumamente com o lançamento do seu segundo livro: o inédito “Rio Novo da Bahia”. Isso será possível graças aos recursos da Lei Paulo Gustavo. A proposta aprovada em edital foi apresentada pela filha do autor, a professora Maria Emérita Jaqueira (Mel).

“Rio Novo da Bahia”, escrito na década de 1990, traz reminiscência de Ipiaú, curiosidades, fatos pitorescos e outros detalhes desta terra. É obra para ser adotada nas escolas pelo seu teor histórico. O lançamento deverá acontecer no próximo mês de março, durante uma virada cultural na Praça Rui Barbosa. Confira parte de um dos textos do livro. O titulo do capitulo é inusitado.

O DEFUNTO ESTÁ PRESO

Na década de 30, em Rio Novo da Bahia, hoje Ipiaú, o oficial do registro civil das pessoas naturais, o cidadão Ângelo Jaqueira, “tocaiava” os defuntos que passavam em frente ao Cartório, com vários acompanhantes, em direção ao cemitério. Vinham, os falecidos, principalmente da Avenida São Salvador, quando morriam mais de cinco pessoas por dia, vítimas do impaludismo, que chamavam de “febre do quebra pescoço”.

Era uma terrível epidemia, causada pelo mosquito que habitava nas margens poluídas do Rio Água Branca e do Rio das Contas. Na passagem do caixão, o oficial gritava: “O defunto está preso”, trazendo uma cadeira para apoiar a urna. Em seguida, perguntava: “quem é o dono do defunto?” Um membro da família se apresentava. O escrivão dizia: “Sou um servidor público e estou aqui para cumprir a Lei”. Colhia as informações para atender às formalidades, fazendo o registo de nascimento e, simultaneamente, o óbito.

Ao terminar o ato, dava uma ordem por escrito ao coveiro, para proceder o sepultamento. Antes da saída do caixão, o declarante perguntava: “E nós vai pagar quanto?” o oficial respondia: “Não vai pagar nada! Também nada recebo dos cofres públicos. “Quero mostrar ao governo que ele não pode ignorar quem nasceu e quem morreu”.

*Coluna produzida pelo jornalista José Américo Castro para o GIRO IPIAÚ