O Brasil enfrenta um cenário devastador de queimadas, e dados recentes do Copernicus, programa de observação da Terra da União Europeia, revelam que o Sudoeste da Amazônia registrou as maiores emissões de gases de efeito estufa no planeta nos últimos cinco anos. A informação foi divulgada por Lucas Ferrante, doutor em biologia e pesquisador da USP e da Universidade Federal do Amazonas, conforme noticiado por O Globo.
Em agosto, o número de focos de incêndio no Brasil alcançou a marca de 152 mil, representando um aumento de 103% em relação ao mesmo período de 2023, segundo o Copernicus. A densa fumaça gerada pelas queimadas levanta sérias preocupações sobre a qualidade do ar e a saúde pública em várias regiões.
Grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro emitiram alertas sobre “condições perigosas do ar”, orientando a população a tomar precauções. O impacto da fumaça não se restringe ao território brasileiro; países vizinhos como Argentina, Bolívia e Paraguai também sentem os efeitos das queimadas. Na Argentina, medidas de precaução foram adotadas especialmente em caso de chuvas, devido à chegada da fumaça em algumas regiões.
O aumento expressivo no número de incêndios reflete a gravidade da crise ambiental, colocando em evidência a necessidade urgente de políticas de preservação e ações coordenadas para mitigar os danos à saúde e ao meio ambiente em toda a América do Sul.