O preço da tonelada do cacau atingiu nesta segunda-feira (9) o valor de 10.202,50 dólares no mercado futuro da bolsa de Nova York, cerca de R$ 62 mil, registrando o maior patamar desde 26 de abril, quando chegou a 10.594,00 dólares. Nas praças de Itabuna e Ilhéus, a arroba foi comercializada a R$ 925.
A valorização da commodity é impulsionada pela expectativa de escassez de cacau para a produção de chocolate, decorrente da queda na oferta global. A Costa do Marfim, maior produtora mundial, ainda não recuperou os níveis de produtividade pré-2022, afetados pelo clima seco na África Ocidental.
Por outro lado, os cacauicultores do sul da Bahia enfrentam dificuldades para aproveitar a alta no mercado internacional. Problemas fitossanitários, como a podridão parda e o ressurgimento da vassoura-de-bruxa, têm reduzido significativamente a produção local, gerando preocupação entre os produtores.
Esses desafios reforçam a necessidade de investimentos em tecnologia agrícola e políticas de suporte à produção, para que os produtores da região possam tirar melhor proveito do aquecimento do mercado global de cacau.