Giro Ipiaú

Família acusa Hospital Geral de Ipiaú de negligência após gestante perder bebê

Foto: Reprodução

O que seria um momento de celebração no período natalino tornou-se uma tragédia para uma adolescente gestante, moradora do Bairro Euclides Neto, e sua família. Após a perda do bebê, eles acusam o Hospital Geral de Ipiaú (HGI) de negligência médica durante o atendimento.

Segundo Janaína Moreira Souza, mãe da gestante, a jovem deu entrada no HGI na manhã da última terça-feira (24), por volta das 9h30, após o rompimento da bolsa. Apesar de avaliações iniciais apontarem 39 semanas de gestação e indícios de trabalho de parto, a gestante teria esperado por horas para a realização de uma ultrassonografia. Quando o exame foi realizado, por volta das 18h, o líquido amniótico já estava ausente e os batimentos cardíacos do bebê haviam diminuído significativamente.

“Foi negligência médica sim, pois quando ela chegou no hospital estava perdendo muito líquido mesmo, já estava até sangrando. A enfermeira até disse que ela estava entrando em trabalho de parto”, relatou Janaína.

Ainda segundo ela, o parto foi realizado de forma normal em Jequié, o que gerou questionamentos sobre a impossibilidade de realizá-lo no HGI. “Se ela teve a criança normal em Jequié, ela poderia ter também no HGI”, afirmou.

Posicionamento do HGI

Procurado pela reportagem do GIRO, o diretor do Hospital Geral de Ipiaú, Daniel Dias, lamentou o ocorrido e afirmou que o caso está sendo apurado internamente.

“O HGI manifesta profundo pesar pelo ocorrido com a gestante Isabelly Barbosa e se solidariza com a dor da família. Estamos conduzindo uma apuração detalhada dos fatos, incluindo a análise dos registros hospitalares e o cumprimento dos protocolos médicos estabelecidos”, declarou.

Daniel destacou que o hospital conta com equipe obstétrica e anestesiológica 24 horas por dia, mas reconheceu que o exame de ultrassom não está disponível continuamente. Ele reafirmou o compromisso do HGI com a humanização no atendimento e garantiu que o caso será analisado com transparência.

A família da gestante segue exigindo justiça e mudanças nos procedimentos para evitar que outras mães enfrentem situações semelhantes.