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Inflação fecha 2024 com alta de 4,83% e supera o teto da meta estabelecida pelo governo

Foto: Reprodução

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, registrou alta de 0,52% em dezembro de 2024, conforme divulgado nesta sexta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, a inflação acumulada no ano alcançou 4,83%, ultrapassando o teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que era de 3%, com margem de tolerância entre 1,5% e 4,5%.

A aceleração da inflação em dezembro marca um aumento em relação ao mês anterior, quando a variação foi de 0,39%. Apesar disso, o índice ficou levemente abaixo do registrado no mesmo mês de 2023, que foi de 0,56%.

Principais pressões no mês de dezembro

Dos nove grupos de produtos e serviços analisados pelo IBGE, oito registraram aumento de preços. Os destaques ficaram por conta de:

  • Alimentação e bebidas, que seguiram pressionando o índice, com alta especialmente nos preços de frutas e carnes.
  • Transportes, influenciados pela elevação dos combustíveis, como gasolina e diesel.
  • Habitação, impactada pelo aumento nas tarifas de energia elétrica e gás de cozinha.

Inflação acima da meta: impactos e perspectivas

O resultado de 2024 reflete as dificuldades enfrentadas pela economia brasileira em conter o aumento dos preços, diante de fatores como alta nos custos de produção, demanda interna aquecida e instabilidade nos mercados internacionais.

Para 2025, a expectativa é de que o Banco Central adote uma política monetária mais rigorosa, mantendo juros elevados por mais tempo para tentar trazer a inflação de volta ao centro da meta, que continuará sendo de 3%, com o mesmo intervalo de tolerância.