Giro Ipiaú

ERG nega negociar sua venda; mas mantém busca de investidores para a BAMIN

A BAMIN é responsável pela construção do trecho 1 da FIOL.

O Eurasian Resources Group (ERG), controlador da Bahia Mineração (Bamin), negou estar em negociações para vender a empresa, apesar de recentes especulações sobre uma possível aquisição por US$ 5 bilhões. Em comunicado, o presidente do conselho da ERG, Shukhrat Ibragimov, afirmou que não há tratativas em andamento e que a administração está comprometida com o desenvolvimento sustentável do grupo.​

A negativa ocorre após a divulgação de uma carta do investidor norte-americano James Cameron, que propôs a compra da ERG por US$ 5 bilhões. Segundo a Reuters, a proposta inclui financiamento próprio e aportes de investidores dos EUA, Austrália e Oriente Médio, com o Goldman Sachs em conversas preliminares para assessorar a transação. A ERG, sediada em Luxemburgo e com 40% de participação do governo do Cazaquistão, é produtora de cobre, cobalto, alumínio e minério de ferro, e tem expandido suas operações em terras raras no Cazaquistão. ​

No Brasil, a Bamin, subsidiária da ERG, enfrenta desafios financeiros e busca parceiros para viabilizar investimentos estimados em R$ 20 bilhões. O projeto inclui a mina Pedra de Ferro em Caetité (BA), a construção do trecho 1 da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e o Porto Sul em Ilhéus. A produção atual da mina é de aproximadamente 1 milhão de toneladas por ano, com previsão de alcançar 26 milhões de toneladas até 2026. ​

Empresas como a Vale e a Brazil Iron demonstraram interesse nos ativos da Bamin. A Vale, embora tenha reconhecido estudar o projeto, não tomou decisão de investimento. Já a Brazil Iron apresentou uma oferta de US$ 1 bilhão, buscando parceiros financeiros e operacionais para assumir o controle da Bamin. A proposta ainda não recebeu resposta da ERG.