
A solidão tem ganhado espaço na vida de muitos americanos. De acordo com levantamentos realizados nas últimas décadas, o número de pessoas que afirmam não ter amigos próximos aumentou de forma preocupante nos Estados Unidos — especialmente após a pandemia de Covid-19.
Trinta anos atrás, apenas 3% dos entrevistados diziam não ter amizades íntimas. Em 2021, esse número saltou para 12%, segundo uma pesquisa online. Cerca de um ano após o início da pandemia, 13% das mulheres e 8% dos homens, com idades entre 30 e 49 anos, relataram que perderam contato com a maioria dos seus amigos.
Especialistas apontam diferentes explicações para essa tendência: rotinas cada vez mais exigentes, excesso de tempo dedicado ao trabalho e ao ambiente digital, além dos efeitos do isolamento social durante a pandemia.
Para o professor Jeffrey Hall, da Universidade de Kansas, o mais importante é contar com pelo menos uma pessoa significativa na vida. Já o psicólogo e antropólogo britânico Robin Dunbar defende que o número ideal de amizades próximas gira em torno de cinco pessoas — um círculo íntimo que contribui para o bem-estar emocional e social.