
Ipiaú volta a se destacar no cenário cultural da Bahia com a presença marcante do jornalista e escritor José Américo Castro no lançamento coletivo promovido pelo projeto ALBA Cultural, da Assembleia Legislativa da Bahia. O evento, que acontece na próxima terça-feira (20), às 15h30, em Salvador, celebra a publicação de três obras que resgatam a memória, a crônica e os personagens que moldaram Salvador e o interior baiano.
Entre os autores convidados, José Américo representa com destaque o interior do estado. Seu novo livro, Personagens de Ipiaú – Os folclóricos e outras figuras, é uma verdadeira homenagem à cidade onde nasceu e construiu parte de sua trajetória. A obra reúne mais de uma centena de crônicas sobre pessoas reais e imaginárias que ajudaram a moldar o cotidiano ipiauense.
Ipiaú sob o olhar sensível de um cronista da terra
Com 345 páginas, o livro mergulha nas raízes culturais de Ipiaú, dando vida a personagens como “Clarice do Mingau”, “Val da Capela” e o enigmático “lobisomem do Bairro Novo”. “São histórias de uma gente que merecia virar livro”, afirma o autor. Com passagens marcantes por veículos da imprensa baiana, como os jornais A Tarde e Diário de Notícias, José Américo também é reconhecido por seu trabalho em defesa da cultura local, tendo sido o primeiro presidente do Conselho Municipal de Cultura de Ipiaú e agraciado com a Medalha do Mérito da Cultura do município.
Outro jornalista ipiauense em destaque

Outro nome presente no lançamento é o do jornalista Chico Ribeiro Neto, também natural de Ipiaú. Com sólida carreira na imprensa estadual, ele apresenta a obra Museu do Chico, uma coletânea de crônicas que resgata personagens e espaços da antiga Salvador. Com sensibilidade e memória aguçada, Chico revisita figuras como o “Guarda Lagartixa” e lugares emblemáticos como os cinemas Jandaia e Pax, compondo um verdadeiro álbum afetivo da capital baiana.
Tasso Franco e a poética urbana da cidade da Bahia
Completando o trio de autores, o jornalista Tasso Franco lança O Andarilho da Cidade da Bahia, livro que reúne 33 textos em prosa poética sobre Salvador. O autor percorre as ruas, esquinas e transformações da capital com olhar crítico e lírico, traçando um painel que mistura vivência, observação e reflexão sobre a cidade que frequenta desde os anos 1960. Sua escrita denuncia as perdas da vida urbana e celebra a riqueza sensorial da capital baiana.
Ipiaú brilha na literatura que a Bahia celebra
A presença de José Américo reforça o papel do interior como protagonista na formação da identidade cultural do estado. Ao lado de Tasso e Chico, ele compõe um encontro de vozes que transformam memória em literatura.
A cerimônia na ALBA promete ser um momento de reconhecimento, celebração e pertencimento, com Ipiaú ocupando um lugar de honra nas páginas da cultura baiana. *Por Michel Querino, jornalista