O Técnico Paulo Salles, considerado o rei do acesso, que em 2019 passou pelo Doce Mel e que teve a façanha de conduzir o Barcelona em seu primeiro ano na elite à semifinal do Baianão, concedeu entrevista ao repórter Romário Henderson. Salles atualmente treina a equipe do Jacobinense, atual 5° colocado no Baianão 2023. Confira abaixo a entrevista.
GIRO – Professor, qual a avaliação que você faz do desempenho do Jacobinense nessas primeiras quatro rodadas de Baianão?
– A avalição é a melhor possível. Logicamente que a sequência dos jogos a equipe vai evoluindo. Contra o Itabuna fizemos uma belíssima partida, fomos melhores, tivemos mais oportunidades, mas o futebol é quem não faz, normalmente toma. Em uma falha individual saímos derrotados. Contra o Doce Mel era pra vencermos por uns três ou quatro, o Doce Mel não criou nada, só no final tiveram uma oportunidade, quase empata o jogo, mas graças a Deus saímos com o resultado positivo. Posteriormente contra a Jacuipense fizemos uma belíssima partida, tivemos muito mais oportunidades claras do que eles, mas infelizmente não aproveitamos. Em falhas individuais perdemos também. Contra o Bahia, o Bahia propôs mais o jogo, o que era esperado, uma equipe hoje em que o orçamento dispensa comentários. Fazer uma comparação orçamentária com o Jacobinense é simplesmente uma brincadeira. Mas a equipe se comportou muito bem, taticamente foram obedientes, fizeram tudo o que foi passado e tiveram uma atuação de gala. Jogar contra o Bahia é sempre uma motivação a mais, principalmente agora que estão com o City, e nós merecemos o resultado.
GIRO – Apesar de não estar jogando em Jacobina, o fator campo em Feira tem surtido efeito, a equipe tem 100%. O que está faltando para começar a arrancar pontos fora de casa?
– Preferíamos jogar em Jacobina, ter o apoio de nosso torcedor. Em feira nós treinamos em um campo de grama natural e jogamos num campo de grama sintética. Isso prejudica e prejudica muito.
GIRO – O Baianão iniciou com muito equilíbrio nas duas partes da tabela. Equipes tradicionais como Bahia de Feira e Atlético, por exemplo, com começo ruim. Isso é um indicativo que esse ano o nível da competição aumentou?
– É um campeonato muito difícil, muito equilibrado, com exceção do Bahia, na minha concepção. Temos o objetivo de fazer o maior número de pontos possíveis para manter o Jacobinense na primeira divisão. Logicamente que na sequência do campeonato se nós sentirmos que há possibilidade de ficarmos entre os quatro, vamos também procurar. Mas a princípio o nosso objetivo é manter o Jacobina na primeira divisão.
GIRO – Contra o Bahia, sua equipe foi bastante eficiente, marca de seus trabalhos, eficiência. Soube se defender e não deixou de incomodar lá na frente. Esse ajuste tático entre se defender mas não abdicar do ataque está sendo bem assimilado pelo elenco?
– Com certeza. É como você bem falou, no jogo contra o Bahia além de nos defendermos muito bem, nós chegamos, colocamos bola na trave e tivemos mais oportunidades claras do que o próprio Bahia. Os atletas estão assimilando bem, entendendo, e o mais importante é que os atletas abraçaram a ideia e estão colocando em prática dentro de campo.
GIRO – Com 06 pontos, sua equipe está muito próxima do G4. Restando 15 pontos em disputa, qual a sua meta para essa outra metade de campeonato a fim de alcançar a classificação?
– Como falei pra você, o principal objetivo é fazer o maior número possíveis de pontos para se manter na primeira divisão. Agora se sentirmos que podemos nos classificar, vamos procurar buscar a classificação. Foi assim com o Barcelona no ano passado, por que não esse ano com o Jacobinense?
O time do Jacobinense volta a campo neste domingo, às 18h30, contra o Atlético de Alagoinhas, novamente em Feira de Santana, local onde o time da chapada está com 100% de aproveitamento.