Continua o impasse entre a Prefeitura de Apuarema e os profissionais da rede municipal de ensino. Enquanto os professores reclamam de perdas salariais, fato que motivou uma greve que pode prolonga-se por mais um mês, a administração do município alega perda de receita e total falta de condições para atender ao complemento da folha do magistério que chega a quase R$ 400 mil.
A reclamação do professorado reside no fato de o prefeito Rogério Costa ter decretado corte de 33% nos salários da categoria, já penalizada com o não pagamento do piso estabelecido pelo Governo Federal e outros procedimentos inadequados. Para que os alunos não sofram maiores prejuízos a paralisação atinge a metade das unidades escolares do município. A greve está prevista para durar 33 dias. “Os professores não têm culpa da atual situação econômica do município”, argumenta uma dirigente da APLB Sindicato.
Prefeito comenta sobre situação financeira do município
Procurado pelo GIRO, o prefeito Rogério Costa explicou: “Nós temos um problema crônico no nosso município, onde foi feito um plano de carreira em 2008, quando existiam 2.500 alunos matriculados e hoje esse contingente se encontra reduzido a 1.500 estudantes o que implica em queda de receita. Temos na rede municipal de ensino 136 professores efetivos/concursados e uma folha de R$ 1 milhão, enquanto receita proveniente do FUNDEB é de apenas R$ 700 mil, ou seja, despesa maior que a receita”.
O gestor acrescenta que o coeficiente estabelecido pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para Apuarema, com base na população residente no município, é de 0.6, ou seja o menor valor de repasse. Ele alega que diante dessa realidade não tem condições alguma de fazer o complemento da folha do magistério que chega a quase R$ 400 mil.
O prefeito Rogério Costa esclarece que no decreto contestado pelos professores também consta a retirada de 34% do seu próprio salário e o do vice-prefeito, assim como 20% de todos secretários e igual percentual dos que ocupam cargos de assessoria. Além disso suspendeu o pagamento de diárias e diminuiu a jornada de trabalho. “Tudo isso para resolver salário dos professores”, arremata. *Redação/Giro Ipiaú