“Fomos arrancados de nossa terra violentamente, como quem arranca erva daninha em uma plantação. Perdemos muitos galhos importantes na nossa travessia, mas trouxemos nossas raízes. Precisamos resistir para existir”. Trecho do texto ÁFRICABRASIL, escrito e lido pela professora Nara Freire que, seguido da execução do Hino à Negritude, abriu o projeto Novembro Negro – Movimento de Resistência do CEI-Colégio Estadual de Ipiaú, evento realizado nos dias 20 e 21 de novembro, alusivo ao dia da Consciência Negra.
Com a participação efetiva da comunidade escolar, em especial dos alunos dos três turnos, o projeto Novembro Negro do CEI destacou a importância de uma visão reflexiva sobre o papel do negro na sociedade brasileira, bem como a necessidade da ocupação de mais espaço de poder. Também foi destaque na realização do projeto, a rica contribuição do negro nos diversos setores da sociedade, com ênfase nas variadas vertentes culturais e artísticas, estas últimas, retratadas com os alunos representando diversos grupos musicais baianos, entre eles Olodum, Timbalada, Ilê Aiê, Afro Lata e outros.
Além de coreografia, capoeira, oficinas de tranças, literatura, culinária e muita música, o projeto Novembro Negro do CEI também foi marcado pela beleza dos painéis temáticos produzidos pelos próprios alunos, que deram um visual todo especial ao evento, que teve como palco a quadra coberta do colégio, onde também será realizada uma série de eventos culturais e esportivos no próximo ano letivo.