Moradores das comunidades ribeirinhas ao longo do rio Gongogi estão se unindo em uma mobilização para proteger o rio que tem sido vital para suas vidas e meios de subsistência. Além da seca que assola a região há aproximadamente três meses está sendo agravada, pela instalação de bombas de sucção de alta potência em uma fazenda na zona rural de Gongogi.
A situação tem despertado grande preocupação entre os moradores locais, que alegam que a instalação dessas bombas de sucção está extraindo uma quantidade significativa de água do rio, contribuindo para a rápida diminuição do nível da água. Essa prática, além de comprometer a qualidade da água, ameaça a biodiversidade local e prejudica as atividades econômicas que dependem do rio Gongogi.
Em reuniões comunitárias realizadas recentemente, os moradores expressaram sua indignação com a situação e decidiram tomar medidas para reverter essa ameaça iminente. A mobilização inclui a criação de um grupo no aplicativo de mensagens Whatsapp, onde os moradores compartilham fotos, vídeos e informações sobre a atual condição do rio.
Um dos moradores ribeirinhos destacou a urgência da situação: “Da forma que está acontecendo, o rio Gongogi vai morrer. Precisamos agir agora para preservar nosso rio e garantir um futuro sustentável para nossas comunidades”.
O grupo de mobilização pretende levar o caso aos órgãos ambientais em nível estadual e federal, exigindo uma investigação imparcial sobre a legalidade da instalação dessas bombas de sucção e buscando a retirada imediata dos equipamentos do rio. A mobilização transcende os limites do município de Gongogi, envolvendo moradores de todas as localidades por onde o rio passa.
As autoridades locais estão sendo pressionadas a apoiar a causa, e espera-se que a mobilização crescente chame a atenção dos órgãos ambientais e de outros setores da sociedade para a urgência da situação. A preservação do rio Gongogi não é apenas uma questão local, mas uma preocupação coletiva que requer ação imediata e coordenada para evitar danos irreversíveis ao ecossistema local. (Giro Ipiaú)