Quando se fala em pesca submarina no Brasil, é inevitável mencionar o nome do ipiauense Lucas Lessa, um dos melhores competidores do país. Lucas é tricampeão baiano (2019, 2020 e 2023), sempre vencendo com sobras sobre seus concorrentes, e em 2020 foi campeão brasileiro. Diante de histórico tão consistente em resultados expressivos, Lucas Lessa teve a oportunidade de disputar o Mundial de Clubes, ocorrido no Rio de Janeiro, nas Ilhas Tijucas e Ilhas Maricás, com competidores do Brasil e de outras partes do mundo.
As 19 equipes na Copa do Mundo de Pesca Submarina tiveram como base o Iate Clube do Rio de Janeiro. A competição é organizada pela Confederação Mundial de Atividades Subaquáticas (CMAS), fundada pelo documentarista, cineasta, oceanógrafo e inventor Jacques Cousteau em 1951. Os mundiais de pesca submarina são realizados desde 1957. Antes da equipe do Flamengo, o Brasil já tinha levado o mesmo título por equipe em 1975, no Peru.
O atleta, juntamente com sua equipe, que ainda contava os baianos Bruno e Moisés, terminou na quarta colocação, à beira do pódio, representando a ABAPS (Associação Baiana de Pesca Submarina). A equipe do Flamengo foi a campeã, os italianos ficaram na segunda colocação e a Associação Catarinense ficou em terceiro lugar. Lucas descreveu a experiência e os desafios da competição: “A gente nunca tinha mergulhado no Rio de Janeiro, não conhecia nada lá, aí ficamos três dias na área de prova reconhecendo. A água estava muito fria e, além disso, a partir dos 10, 15 metros, a água sujava e esfriava mais ainda. A prova ia ser na área rasa, de 10 a 15 metros, aumentando a dificuldade para nós, pois somos profundistas, a gente desce e mergulha até 50 metros de profundidade, até 52 metros eu já desci”, contou Lucas.
A conquista da quarta colocação entre dezenoves competidores do Brasil e do mundo foi muito elogiada e aplaudida pelos próprios adversários, que se surpreenderam com o trio baiano, que chegou ao mundial com pouca estrutura, inclusive com barco bem inferior aos demais. Lucas mora em Ipiaú e possui um restaurante em Cumuruxatiba, extremo sul da Bahia, em que dá uma atenção especial no período do verão. (GIRO/Romário Henderson)
