Aos 83 anos, faleceu no final da noite de terça-feira, 1º de outubro, em Salvador, o empresário lojista Vilazito Pascoal de Jesus. Ele era proprietário da loja Casa das Tintas e deixa viúva dona Maria Stela Cidreira de Jesus, com a qual gerou têm três filhos: Rita, Rosângela e Vilazito Júnior, que lhe deram seis netos.
O velório acontece no andar térreo da Loja Maçônica Fraternidade Rionovense e o sepultamento será às 10 horas desta quinta-feira, 3, no Cemitério Jardim da Saudade, também conhecido com Cemitério Velho.
Em 1983 o ex-bancário Vilazito Pascoal de Jesus, acreditando no aquecimento do mercado da construção civil em Ipiaú e região, fundou a Casa das Tintas, uma loja que oferece o que existe de melhor no ramo e vem atendendo com muita precisão sua vasta clientela. A partir do ano de 2015, a empresa ampliou seu leque de ofertas, adotando o segmento de material de construção, ferragens e material elétrico.
Vilazito Pascoal de Jesus nasceu no município de Amargosa, passou a primeira infância na Fazenda Lagoa do Morro, em Brejões, e chegou a Ipiaú no ano de 1948. Tinha então sete anos de idade.
Depois de morar na residência do comerciante Wilson Menezes, onde uma das suas irmãs (Onória) trabalhava como empregada doméstica, passou dois anos na casa de uma senhora chamada Zizi Andrade e daí foi residir com o casal Adeodato e Raquel Pinheiro.
A adolescência de Vilazito foi de trabalho, muito trabalho. Trabalhou de aguadeiro, leiteiro, e vendedor de lenha, atendente no bar do Rio Novo Tênis Clube e contador da famosa Loja Três Irmãos, de Odilon Costa.
Essa labuta forjou seu caráter de honestidade e bom cidadão. A pedido de dona Raquel, o deputado Agostinho Pinheiro conseguiu empregá-lo no Banco da Bahia. Na instituição bancária, Vilazito galgou degraus, indo de contínuo a gerente.
Quando o Bradesco comprou o Banco da Bahia, ele estava no cargo de gerente e foi convidado a assumir a prestigiada agência de Irecê, onde recebeu o título de maior vendedor de seguro Top Clube Bradesco, ultrapassando as sucursais do Rio de Janeiro e São Paulo.
Por tal proeza foi convidado a um encontro com o presidente da instituição, o banqueiro Amador Aguiar, que elogiou o seu trabalho e perguntou o que o gerente desejaria por tal vitória.
Mostrando a grandeza do seu espírito, Vilazito disse que queria uma Fundação Bradesco para Irecê e o banqueiro cumpriu a promessa. A escola mantida pelo banco continua cumprindo sua função social naquela região da Bahia.
Em seguida Vilazito gerenciou as agências de Medeiros Neto, Itamaraju e Vitória da Conquista, fazendo com que todas obtivessem lucros e desenvolvimento.
Sentia-se honrado por ter recebido o título de “Cidadão Ipiauense”, concedido pela Câmara Municipal de Ipiaú a pedido do vereador Josenaldo de Jesus (Jô da AABB).
Mesmo com a saúde debilitada, ele relutava em se afastar da loja. Todo dia estava por lá, conversando com velhos clientes, marcando presença, acolhendo amigos, expressando gratidões, abrindo um sorriso que dizia tudo da sua personalidade. E assim procedeu enquanto pôde.
Depois de um longo tempo (um ano e sete meses) de internação hospitalar em decorrências de complicações pulmonares, faleceu no final da noite da ultima terça-feira, Hospital Cardio Pulmonar, em Salvador. Permaneceu lúcido durante todo o tempo em que esteve hospitalizado, tanto na Clinica São Roque, quanto na unidade hospitalar em Salvador. *Giro/José Américo Castro