O empate em 1×1 entre Brasil e Uruguai, pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo, foi marcado pelo vazio na Arena Fonte Nova. Oficialmente, o público foi de 41.511, diante de uma capacidade de 49 mil torcedores. Mas a sensação era de um estádio com muitas cadeiras livres. As imagens logo viralizaram nas redes sociais e causaram revolta na CBF.
De acordo com o site UOL, a entidade decidiu tomar para si a venda de ingressos para as próximas partidas da Seleção. Vale citar que, para o duelo em Salvador, o alto valor das entradas foi apontado como um dos principais fatores para o esvaziamento da Fonte Nova. O setor intermediário leste, um dos que apareciam com mais cadeiras livres durante a partida, teve valor cobrado de R$ 600 (inteira) e R$ 300 (meia). Os preços chegavam até a R$ 800.
O plano da CBF é, a partir de agora, realizar os jogos do Brasil apenas em estádios em que a confederação tenha autonomia para definir a política de preços.
Segundo o UOL, os valores para o jogo na capital baiana teriam sido definidos pela administradora da Fonte Nova, a Fonte Nova Negócios e Participações (FNP), em conjunto com a CBF. Os gestores do estádio decidiram os valores, mas a entidade teria dado aval ao preço. Por outro lado, a confederação teria solicitado um setor mais popular, com ingresso solidário a R$ 100 e arrecadação de alimentos para serem doados. Essa área foi a que, visualmente, parecia ter a maior lotação.
Com tantos espaços vazios, a CBF decidiu que passará a decidir sozinha os valores dos ingressos. Assim, a partir de agora, só aceitará jogar em estádios em que possa ter autonomia total sobre os preços das entradas.
Vale ainda citar que, além dos bilhetes, o torcedor que foi à Fonte Nova se assustou com o alto valor cobrado pelo estacionamento no estádio, que teve preço único de R$ 100.
O Brasil não jogava em Salvador desde 2019. A última partida havia sido o 0x0 contra a Venezuela, durante a Copa América de 2019. O confronto com o Uruguai marcou a despedida da Seleção da temporada 2024.