Um servidor de alto escalão do Hospital Geral de Ipiaú, está no centro de sucessivas denúncias de assédio moral. Fontes ouvidas sob condição de anonimato relataram que ele não apenas grita com funcionários, mas também questiona suas competências, utilizando termos como “idiotas” e outras expressões ofensivas.
A conduta, descrita como recorrente, já teria atingido até mesmo figuras de destaque no município. Entre as vítimas, segundo os relatos, está até a esposa de um político local, bem influente na cidade. Os denunciantes afirmam que apesar das denúncias e da gravidade dos relatos, nenhuma ação efetiva foi tomada até o momento, e o servidor continua no cargo, repetindo os comportamentos denunciados.
Funcionários, especialmente os não concursados, relataram trabalhar sob constante clima de intimidação e humilhação. Alguns já foram vistos chorando nos corredores da unidade, segundo a fonte do GIRO. “A situação é insustentável, mas ainda assim nenhuma providência foi adotada”, afirmou uma fonte próxima ao caso.
As denúncias foram encaminhadas aos órgãos competentes do Estado da Bahia, mas até agora não houve qualquer pronunciamento oficial por parte do hospital ou dos responsáveis pela gestão da unidade. O silêncio em torno do caso gera indignação entre os servidores, que esperam por uma resposta rápida e eficaz.
Procurado pela reportagem, o diretor do Hospital Geral de Ipiaú, Daniel Dias, comentou o caso.
“Quando somos informados da ocorrência de quaisquer casos de atentado contra a dignidade do servidor e do serviço público, buscamos promover ações de investigação e apuração. Os possíveis casos, aqueles que chegaram ao nosso conhecimento foram devidamente investigados em sede de Ministério Público Estadual e arquivados por aquele órgão ministerial. É importante identificar qual caso concreto está sendo tratado para que possamos investigar adequadamente e tomar as medidas cabíveis. Salientamos ainda que, na vanguarda da proteção do colaborador, esta diretoria promoveu um seminário que tratava do tema ‘Assédio Moral e Sexual’, ministrado pela equipe da CGS – Corregedoria Geral da Saúde, e que contou com a participação de grande parte dos colaboradores. A participação no seminário foi incluída na carga horária trabalhada. Colocamo-nos à disposição para outros esclarecimentos”, finalizou Daniel.
