O volume de ligações automáticas no Brasil segue em ritmo acelerado. De acordo com dados recentes da Anatel, cerca de 20 bilhões de chamadas são realizadas mensalmente no país — metade delas, aproximadamente 10 bilhões, são feitas por robôs, conhecidos como robocalls. Essas ligações duram no máximo seis segundos e utilizam números fictícios criados virtualmente, que não existem. Quando o usuário tenta retornar, recebe a informação de que o número é inválido.
O disparo de chamadas de curta duração tem crescido de maneira expressiva. Apenas nos meses de janeiro e fevereiro de 2025, foram registradas quase 24 bilhões de ligações automáticas — o que equivale a impressionantes 23 mil ligações por segundo. O número representa um aumento de 12% em comparação ao mesmo período de 2024.
Uma investigação realizada pela RBS, exibida pelo programa Fantástico, revelou que muitas dessas ligações são estratégias de empresas de telemarketing. As robocalls servem como uma espécie de “prova de vida”, identificando linhas ativas para que operadores humanos não desperdicem tempo tentando contato com números inativos ou inexistentes.
Com o crescimento desse tipo de prática, aumenta também a preocupação dos consumidores e das autoridades reguladoras com a privacidade, a segurança e a qualidade dos serviços de telecomunicações no Brasil.
